quinta-feira, 26 de julho de 2018

Zoom G3X - Review

Zoom G3X - Review

Introdução:

Após mais de 01 ano usando praticamente todos os dias, a Zoom merecia um Review. Pela dificuldade de gravar vídeos resolvi fazer esse Review escrito. Sem mais delongas, vamos começar o Review.

Parte Física e Design :

A Zoom G3x é extremamente compacta, sólida e sem dúvidas conseguiria aguentar o uso constante, mesmo em apresentações ao vivo. Descrevendo de maneira geral. Ela possui três telas de LED que são ótimas de visualizar, mesmo a distância, e o que eu achei uma ideia sensacional é que esses LEDs. no modo manual, mostram 3 "pedais", o que facilita muito a programação de sons. 
Ela possui 3 footswitches que oscilam de função a depender do modo que você está, no modo manual a principal função é ligar e desligar o efeito da tela acima, simulando o funcionamento de um set de pedais. 
Além desses footswitches ela vem com um pedal de expressão que pode ser atribuído a qualquer parâmetro de qualquer efeito e ainda selecionar o máximo e mínimo que o pedal vai controlar (por exemplo, ao controlar o ganho de um amplificador, pode-se selecionar o mínimo em 57 e o máximo em 72), novamente um ponto positivo para a G3x. Há outros botões, mas que não acho que vale a pena mencionar.
De conexões, a Zoom tem entrada para Guitarra, saída XLR mono, Saída P10 estéreo ou mono, conector para Pedal de Expressão ou Footswitch externo e uma porta USB que te permite tanto editar parâmetros por meio de um editor no computador, quanto ser uma excelente interface de áudio.
Pontos negativos é que poderia ter mais footswitches para controlar outros parâmetros e poderia ter uma saída XLR estéreo. No entanto, são alterações que deixaria a pedaleira maior e mais pesada.
No quesito Design e Parte Física ela ganha nota 9/10. Só não é 10, pois há essas considerações já citadas a melhorar.

Funcionamento:

Pedaleiras multiefeitos sempre é necessária essa consideração. A G3x funciona muito bem no modo manual, onde se pode usar até 6 pedais, sendo que 3 estão visíveis simultaneamente e é possível ir passando pela cadeia de sinal. O outro modo de usar é navegar pelos patches, nesse modo não acho que a Zoom tenha um funcionamento tão efetivo, pois só é possível ir de patch em patch (e há um pequeno delay audível na mudança de patch) e de banco em banco, o que limita muito a operação.
Portanto, se você conseguir usar um patch por vez no modo manual, a G3x te atenderá bem em uma situação ao vivo, agora se precisar mudar entre diversos patches ao vivo, talvez seja melhor buscar outras alternativas.
Nota: 9/10 no modo manual e 5/10 no modo patch. Média fica em uns 7/10.

Timbres:

Construção e Funcionamento são importantes, mas não adiantam nada, se o timbre não for bom. Aqui acho legal dividir o timbre em 2 departamentos:
Modulações, Delays e Reverbs: São excelentes esses timbres. Realmente incríveis para uma pedaleira que custa o preço de um pedal de boutique. Obviamente, alguns são melhores, mais precisos que outros, mas de uma maneira geral, nada a reclamar. Daria nota 9/10.
Distorções e Simulações de Amplificadores: Aqui há alguns problemas. Primeiro que, no geral, é o ponto fraco da pedaleira, são os efeitos que menos impressionam, falta um pouco de dinâmica ao toque e a maioria abusa no ganho. O Segundo problema é que a qualidade oscila muito de efeito para efeito. Alguns amps e algumas distorções são muito bons beirando um 8, 9, para exemplificar o MS 1959 é uma simulação de Marshall muito boa, talvez até desse um 9. No entanto, ao mesmo tempo, há uma simulação de Tube Screamer que fica a desejar, por exemplo, beiraria um 4, 5. Por fim, os pedais de distorção não funcionam tão bem, na sua maioria, na frente de amplificadores, timbrando e tal dá para chegar a bons resultados, mas de cara não é um som tão agradável. Aqui, na média, fica um 6/10. Passa de ano, mas não é essas coisas kkkkkkkkkkkkkkk.
Na média de todos os efeitos daria 8/10, porque há muitos efeitos bons e mesmo no departamento fraco da pedaleira (amps e distorções) há alguns que se salvam e são bem usáveis. A seguir segue alguns vídeos em que usei a Zoom G3x, dá para sentir o som.

Extras:

Antes de fechar é importante dizer que a Zoom G3x traz alguns interessantes extras.
Bateria Eletrônica
Um Loop de 40 segundos sincronizável com a Bateria (Essa função é muito legal)
Interface
A Interface é excelente, muito boa e permite gravar com excelente qualidade, uma surpresa positiva. A bateria tem alguns ritmos, mas nada extraordinário, e o loop é bem legal, um pouco curto, mas é muito bom para adicionar camadas e também, praticar.

Conclusão:

Pelo seu valor e tudo o que oferece a Zoom G3x acaba sendo uma excelente opção. Os pontos positivos ficam pro Design, a Interface e os Efeitos de Modulação, Delay e Reverb, são excelentes e só eles já valeriam o preço da Zoom. Os pontos negativos são o funcionamento no modo patch e a maioria de drives e amps, mas há alguns pedais de drive e alguns amps que são bons. Um uso ao vivo que funcionou muito bem comigo da Zoom, é só utilizá-la com os efeitos de modulação, delay e reverb e usar pedais externos como drive, ligada em um amp, funciona muito bem. Portanto, é uma pedaleira excelente com ótima relação Custo-Benefício e que já te permite começar a gravar suas ideias. Nota Final: 9/10. Compartilhe e Comente se gostou desse review e também se inscreva no Canal do Youtube.
Abraços,
Luciano Moreira.

domingo, 26 de março de 2017

Guia de Compra de Amplificadores

Guia de Compra de Amplificadores

O amplificador, depois da própria guitarra, é o elemento mais importante, mas, curiosamente, negligenciado, muitas vezes. Determinados guitarristas até são muito associados a determinados amplificadores (Brian May ao Vox AC30, Slash ao Marshall JCM 800, etc). Sabendo dessa importância, montei esse guia para ajudar você a escolher um amplificador que atenda às suas necessidades. Não procurarei descrever diferenças entre os diversos tipos de amplificadores, apenas fazer um guia que irá lhe auxiliar a escolher um amplificador que atenda ao seu interesse. Esse guia esta organizado em passos, então é só segui-los para encontrar o seu amplificador ideal.

1 - Preciso de um amplificador ?

Até algum tempo atrás essa pergunta não faria sentido, mas, devido aos avanços tecnológicos, é algo a se questionar. Se você toca sozinho, e se sente bem em tocar com fones de ouvido, usar simulação de amplificadores em programas, pedais, etc, pode ser o necessário para você. Outro exemplo, se você só brinca com uma banda em um estúdio que tenha amplificador, talvez você não precise de um amplificador, talvez só um pequeno para tocar sozinho. Se você toca em um lugar fixo, muito comum pessoal tocar sempre numa Igreja, por exemplo, e sabe que o PA desse lugar é bom, talvez dê para ter só uma pedaleira e ensaiar sozinho com fones e usar o PA. São só alguns exemplos mesmo, mas só para destacar que as vezes não é necessário um amplificador.
Eu, por exemplo, não gosto de tocar sem amplificador, então tenho um amplificador, até porque toco em banda, e mesmo que não tocasse em banda teria um para estudos.
Acho que o amplificador passa a ser necessário, principalmente, em uma situação. Se você toca em uma banda que se apresenta ao vivo em lugares que você não conhece o PA e/ou o PA não é bom. Depender do PA pode ser muito problemático, alguns lugares tem o PA muito ruim. Por esse motivo é sempre bom você levar o seu amplificador e só depender dele para ser ouvido.

2 - Onde usarei o amplificador ?

Passo crucial, saber onde você irá tocar é o que definirá, principalmente, a potência do amplificador. Para tocar sozinho em um apartamento, de 1 Watt a 5 Watts está excelente, principalmente se for valvulado. Sozinho numa casa, dá pra chegar até uns 10-15 Watts, mas já começa a ficar um volume considerável, depende muito do tamanho da casa, mas a verdade é que eu recomendaria um entre 1 Watt e 5 Watts para casa também.
Se você toca numa banda com bateria, uns 15 Watts no mínimo já começam a ser necessários. Acredito que o ideal seria um amplificador entre 15 e 30 Watts, depende de duas coisas. O lugar que vocês tocam (por exemplo, para estúdio 15 Watts, na maioria das vezes, é suficiente), quanto maior o lugar mais potência será necessária e a pegada do baterista, quanto mais forte mais potência necessária. 50 Watts, normalmente só são necessários para tocar em clubes, lugares um pouco maiores. 100 Watts para tocar em ambientes abertos, ou clubes bem grandes.
Faço duas observações importantes:
Alguns estilos, como jazz, por exemplo, precisam de um amplificador com mais "headroom" ou seja, a capacidade de um amplificador processar o sinal sem ser sobrecarregado. Para esses estilos talvez seja necessário considerar uma potência maior, por exemplo 30/50 Watts para tocar em estúdio ao invés de 15w.
A observação final que faço é que você seja bem honesto e compre o amplificador para sua realidade atual. Por exemplo, é bem comum que guitarristas procurem bandas, mas se você não está em uma banda ainda, não compre um amplificador de 15 Watts para tocar num apartamento. Ele soará excessivamente alto e você não explorará ele ao todo. Nesse caso, compre um amplificador de 1 a 5 Watts, se posteriormente precisar, troque por um maior ou adicione outro amplificador.
Outro exemplo, se sua banda ainda está tocando em barzinhos e clubes pequenos, não adianta comprar um amplificador de 100 watts porque um dia vocês podem vir a tocar em um estádio.
Além de tudo, se for um evento esporádico, você sempre pode pegar emprestado ou alugar um amplificador para essa situação.

3 - Qual Meu Orçamento?

Parte chata, mas necessária. Você precisa comprar um amplificador que caiba em seu orçamento. Hoje em dia, felizmente, temos muitas boas opções de amplificadores, tanto nacionais quanto importados. Faço a ressalva que em seu orçamento deve caber todo o equipamento necessário: Guitarra, Amplificador, Pedais, Cabos, Cordas, Palhetas, etc. Não adianta ter um amplificador e uma guitarra excelentes se os cabos forem ruins, um amplificador excelente e uma guitarra ruim, uma guitarra excelente e um amplificador ruim, etc. 


4 - Que Estilo de Amplificador Busco ?

Aqui acredito que seja a parte mais divertida, quando você já definiu a potência que precisará e o seu orçamento, é necessário saber que estilo de amplificador se adapta ao que você toca. Por exemplo, em 15 watts e numa mesma faixa de preço, temos o bluseiro Fender Blues Jr e o rockeiro Orange Tiny Terror, entre outros. Outra questão você toca sozinho, toca em Igreja, toca em uma banda, etc. Se você só toca sozinho, o amplificador precisa apenas lhe agradar, não precisa ser versátil, por exemplo. Já numa banda de covers, o amplificador precisa ser versátil ou aceitar bem pedais.
Então é necessário saber bem ao certo qual a proposta que você deseja, para saber qual amplificador se adaptará melhor a ela.


5 - Valvulado vs Transistorizado.

Essa é uma questão que divide muitos guitarristas, mas vou tentar dar um panorama geral e falando em um aspecto amplo, óbvio que existem exceções.
Normalmente os valvulados tem um timbre que agrada mais os guitarristas, um som mais "suave" e que responde de maneira mais gradual a mudanças na palhetada, no ajuste de volume da guitarra, etc. De desvantagem, os valvulados são mais sensíveis, precisam de mais manutenção, são pesados e caros.
Já os transistorizados são leves, duráveis, baratos e precisam de pouca manutenção, mas em geral os timbres deles são meio "duro", "seco", respondem de forma abrupta à pegada do guitarrista e a variações no botão de volume/tone.
De forma bem genérica e sintética essas são as diferenças, mas óbvio que existem ótimas opções nos dois tipos, aconselho você a testar mesmo e ver qual se adapta melhor.

6 - Nacionais vs Estrangeiros.

Última consideração. Existem diversas marcas e é até complicado descrever todas. De um modo geral as marcas nacionais que fabricam em massa focam em amplificadores mais acessíveis, transistorizados de baixa potência em sua maioria, e são amplificadores honesto, mas que as vezes não atendem a necessidade de guitarristas que procuram um timbre valvulado. Existem transistorizados nacionais que dão pau a pau com estrangeiros e normalmente custam uma fração do preço.
Nos valvulados, não há tanta opção de fabricantes de massa nacionais, mas há boas empresas que fazem a mão (Rotstage, Pedrone, etc). Normalmente são tão bons e custam uma fração do preço dos estrangeiros, o ponto negativo é que, na maioria das vezes, o valor de revenda é baixo, então é importante ter bem claro que tipo de amplificador se deseja antes de mandar fazer.


Conclusão.

O amplificador é algo crucial no som de um guitarrista (mesmo que seja uma simulação de amplificador). Escolher o que lhe atenda não é uma tarefa fácil, mas espero que, com esses passos, essa busca possa se realizar com menos dificuldade e você consiga encontrar o amplificador que melhor atenda às suas necessidades.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Como Regular, Ajustar sua guitarra.

Fiz dois vídeos. O primeiro é algumas dicas ao trocar as cordas e o segundo é o ajuste em si mesmo. Não ficou perfeita a captura do vídeo, então se tiver alguma dúvida é só perguntar nos comentários que eu respondo. ;)

Vídeo das Cordas


Vídeo do Ajuste.

domingo, 21 de agosto de 2016

Como melhorar sua guitarra e se vale a pena dar um upgrade. 7 passos para ajudar.

Introdução.


As vezes, temos a dúvida se uma guitarra está oferecendo tudo que pode. Tendo isso em mente, pensei em fazer um guia de como verificar e decidir se a guitarra vale um upgrade ou não e, se sim, com quais procedimentos começar. Organizarei os passos pela ordem que eu acredito que você deva seguir. Não é necessário seguir todos os passos, siga os passos até que seu problema seja resolvido. Se você resolver o problema com o 1º passo, por exemplo, pare nele. Se também achar que os próximos passos não valem a pena, por questões de dinheiro, de tempo, de disposição, entre outras, pode para também e decidir se está feliz com a guitarra ou deseja se desfazer dela ou mesmo pensar posteriormente.

1º passo - Regule a guitarra.


Esse passo é muito importante. É extremamente comum que uma guitarra não esteja dando o seu máximo porque está mal regulada. Então o primeiro passo precisa ser regular a guitarra para conseguir observar ela no máximo potencial. Aconteceu comigo um fato curioso. Tinha uma condor Rx-30 parada e resolvi usá-la de teste para aprender a regular guitarras. Após conseguir regulá-la certinha, ela começou a soar muito bem e atualmente não a troco por nenhuma Fender desregulada (por uma Fender reguladinha troco sim hahahahaha). Em resumo, você só saberá qual o real potencial da guitarra quando ela estiver bem regulada.
OBS: Se você não sabe regular a guitarra e está em dúvida se vale a pena o investimento na regulagem, porque precisaria levar em um luthier, pode pular esse passo e voltar para ele quando decidir fazer investimentos. No entanto, talvez alguns problemas não sejam identificados ou o potencial da guitarra seja subestimado.

2º passo - Teste a parte física da guitarra.


Nesse passo não nos preocuparemos com o timbre especificamente, preocuparemos com o conforto e a tocabilidade. Teste se lhe agrada tocar a guitarra, se ela está com um peso bom, se ela tem um equilíbrio bom, se você consegue tocar tanto em pé quanto sentado, se você gosta do visual dela (as vezes, compramos algo em uma época e depois nos arrependemos). Se, no geral, a guitarra lhe agradar ou o que lhe desagrada seja algo pequeno, como, por exemplo, querer trocar a cor do escudo, aconselho a continuar os passos. Se o que lhe desagrada seja algo que seja difícil de mudar como peso do instrumento, equilíbrio do instrumento, talvez seja melhor pensar em trocar de instrumento ou vende-lo, porque dificilmente você conseguirá abstraí-lo. 
Cito, novamente, um caso que aconteceu comigo. Eu tinha uma Cort M 600 t, guitarra excelente, bom equilíbrio, bom timbre, fácil de regular, mas era muito pesada para mim e toda vez que eu ia ensaiar por muito tempo com ela, minhas costas doíam muito. Então, por mais que eu estivesse satisfeito com os timbres, não conseguia utilizá-la por conta da parte física. Acabei usando ela cada vez menos, até vende-la porque não conseguia tocar com ela sem ter dores. Portanto, não adianta nada ter uma guitarra com ótimos timbres, mas que você não seja capaz de trocar.
OBS: Conforto é algo muito pessoal, o que pode ser bom para um pode não ser para outro. Vendi minha Cort, por exemplo, para alguém que o peso da guitarra não era um incomodo.


3º passo - Teste se o problema é a guitarra.


Pode parecer bobagem, mas muitas vezes o problema não é a guitarra, pode ser amplificador, cabos e/ou pedais (não que eles sejam necessariamente ruins, eles podem não combinar com a guitarra). Se você está com dificuldade de timbrar uma guitarra com seu setup, teste ela em um setup diferente, principalmente em outro ampli. Vá a lojas, teste em amplis de amigos e veja se a guitarra não soa melhor. As vezes também pode ocorrer de a guitarra ser boa para um estilo de música que não é o que você toca, mas testando em distintos amplificadores e pedais, você saberá com o que ela se dá bem ou não e decidirá se vale a pena o investimento em um upgrade ou talvez seja o caso de troca-la.

4º passo - Teste distintos ajustes na guitarra.


Se você percebeu que o problema é realmente a guitarra, teste distintos ajustes. Explore bem a chave seletora de captadores, teste distintos ajustes nas alturas dos captadores, explore os botões de volume, tonalidade e eventuais outros. É provável que você consiga adaptar a guitarra às suas necessidades ou descubra o que realmente lhe incomoda na guitarra. Por exemplo, pode ser o valor dos potenciômetros, pode ser um dos captores, etc. Sabendo o que lhe incomoda, é mais fácil fazer a troca desse componente que não está atendendo a suas necessidades.

5º passo - Comece os investimentos com coisas simples.


Recomendo não começar já investindo em coisas complexas e/ou caras (Exemplos: mudar o tipo de ponte, captadores, mudar o tipo de tarraxa). Comece trocando coisas mais simples como os potenciômetros, os capacitores, os jacks, esquema elétrico, upgrade de ponte, tarraxas, nuts sem mudar o tipo (veja se é compatível mesmo), etc. São produtos baratos e que não alteram tanto o instrumento, mas podem resolver o problema. Por exemplo, uma troca no valor do potenciômetro pode fazer uma guitarra soar mais ou menos brilhante/aguda. Algumas alterações, como o 50's wiring, não envolvem nem comprar produtos apenas desoldar e soldar. Então é possível ter grandes resultados com essas pequenas alterações. No entanto, se esses procedimentos não resolverem aí é hora de pensar em coisas mais complexas.
OBS: Se você pulou a parte da regulagem, mas chegou até esse passo. Se decidir levar a guitarra para alguém fazer esses ajustes é bem provável que a regulagem seja feita junta e incluída no preço, mas caso não seja pergunte e tente fazer a regulagem.

6º passo - Se o problema for timbre,  a troca de captadores, normalmente, faz milagres.


Pode parecer exagero mas não é, captadores ocupam um percentual enorme quando se trata de timbre de guitarra. Trocar um captador é algo que realmente vai mudar sua guitarra. Se você já fez os outros passos e não resolveu o problema de timbre, é hora de considerar essa opção, principalmente se a guitarra é uma guitarra que lhe agrada tocar, uma guitarra confortável. Escolhendo o captador certo, sua guitarra se transformará absurdamente. Há diversas companhias de captadores, nacionais e internacionais, mas o que mais importa para escolher o captador certo é que você saiba o que quer. Por isso, a escolha de captador é o 6º passo só. Há diversas opções de captador e, se você não tiver bem claro o que quer, pode ficar perdido. Então depois de definir o que quer procure nos sites das companhias que provavelmente você achará o captador que atenderá a suas demandas, algumas companhias até tem um canal de contato, se for o caso use, para ter mais certeza. A troca de captadores transformará sua guitarra, e se a escolha for bem feita, você terá um instrumento excelente.

7º passo - Mudanças radicais.


Nesse ponto deixarei bem clara minha opinião, mas ressalto que é algo muito pessoal essa escolha. Cuidado com a troca de componentes que necessitam de mudanças na parte física da guitarra. Como por exemplo: Instalação de Floyd Rose em instrumento que não é feito originalmente para essa ponte, Mudança de tipo de tarraxa, mudança de tipo de formato de captador, etc. Essas alterações são perigosas por alguns motivos. Elas derrubam o valor de mercado da guitarra, principalmente se forem irreversíveis, são, na maioria dos casos, caras de fazer, e muitas delas são ou irreversíveis ou de difícil reversão. Então são mudanças que para serem feitas é necessário muita certeza. Por esse motivo, ela é a última. 
Só aconselho essas mudanças com algumas condições. Cumulativamente, ter já tentado diversas alternativas, já ter passado um bom tempo com o instrumento e o instrumento ter um significado especial e/ou ser extremamente confortável e prazeroso para você tocar. A outra opção é se o instrumento possuí um valor financeiro que é negligenciável para você, ou seja, se ficar ruim, perdeu o dinheiro e já era. Em todo caso, se você não está em nenhum desses dois casos, acho que trocar ou vender o instrumento pode ser uma saída mais interessante, e com o dinheiro obtido poder comprar um instrumento que atenda melhor a suas necessidades.

Conclusão.


Melhorar um instrumento é uma escolha que muitas vezes não é fácil e muito menos objetiva. Por esses motivos, enumerei os passos numa ordem que vai do menos para o mais evasivo e complexo. Então tente seguir e pare quando seu problema estiver resolvido. Só faço algumas considerações. Não existe instrumento perfeito, sempre tentaremos mudar algo, então procure ver se o instrumento já está bem próximo de lhe atender, se já estiver talvez seja melhor deixá-lo com está. Se você não sabe o que procura não encontrará nada; é necessário saber o que você busca no instrumento; se não fizer isso, ficará em uma busca sem fim e sem objetivo. As vezes a melhor opção é vender o instrumento ou trocá-lo por um que lhe atenda. Esse último ponto, muitas vezes, é difícil de aceitar, principalmente se você se apega ao instrumento, mas, infelizmente, principalmente se muitas mudanças ou mudanças drásticas são necessárias, é mais fácil vendê-lo e adquirir um instrumento que lhe atenda melhor.

sábado, 25 de junho de 2016

Qual a ordem certa de pedais ?


Assista também a versão em vídeo.


Qual a ordem certa ?


Antes de começar a escrever, queria agradecer ao Anderson da banda Astronauta Imaginário que pediu para eu fazer essa postagem explicando esse assunto, e gostaria de convidar a todos que tenham sugestões de tópicos a pedirem essas postagens. Para facilitar vou dividir o texto em regras numeradas, e ao final farei a sugestão do que eu acho que seria o ideal.

As regras:

1 - ) Não existe regra.


Pode soar meio clube da luta, mas a primeira regra que você deve saber é que não existe uma regra. O objetivo dessa postagem é apenas nortear guitarristas que estão em dúvida de como ordenar seus pedais, mas se você ordenar os pedais de qualquer outra maneira que funcione para você, então está tudo certo. Aconselho você a experimentar com a ordem de pedais, pois pode descobrir novos sons legais. Há inclusive diversos guitarristas de alto-nível que desrespeitam essas regras e tem ótimos sons. Eu vou sugerir que você ponha suas modulações após os pedais de ganho, mas o Zakk Wylde, por exemplo, põe as dele antes.

2 - ) Pedais que pedem prioridade.


Existem pedais que pedem prioridade, ou seja, que funcionam melhor se colocados logo no começo da cadeia de sinal, recebendo primeiramente o sinal da guitarra. O pedal que mais necessita de prioridade é o fuzz, e principalmente, fuzz faces e tone benders. Caso você tenha esses pedais eles devem ser os primeiros da sua cadeia, antes mesmo de afinador por exemplo. Se você usa mais de 1 tipo de fuzz aconselho que você siga essa ordem de prioridade: fuzz face, tone bender e big muff.
O fuzz como prioridade, pode ser mudado em algumas situações. Se você preferir o wah-wah antes do fuzz e se você gosta de seu fuzz boostado por outro pedal (esse tipo de uso é mais comum com big muffs). Se você não usa um wah-wah antes e nem um pedal boostando seu fuzz, então, não ponha nada entre ele e sua guitarra.
O afinador é o outro pedal que deve ter uma posição prioritária, porque ele capta melhor o seu som e, logo, a afinação quanto mais próximo da sua guitarra ele estiver. Se você não usa fuzzes, o primeiro pedal da sua cadeia de sinal deve ser o afinador.

3 - ) Pedais que se chocam com outros.


Mais uma vez aqui temos os fuzzes (normalmente os circuitos dele são bem primitivos e por isso tem esses problemas). Pedais de fuzz não funcionam bem se estão próximos de bufferes, então se você usa um buffer, ou um pedal com buffered bypass, ponha ele à distancia de uns 2-3 pedais no mínimo de seu fuzz. Senão, o som do fuzz é afetado, e geralmente produz um timbre pior. Alguns outros pedais, principalmente de ganho, também não se dão bem com bufferes, então se você tem um pedal que soa bom sozinho, mas ruim no board, talvez seja esse o problema.
Outro choque que há é entre compressor imediatamente depois do wah-wah e/ou do booster. Como o wah-wah e o booster trabalham alterando o volume das frequências, se você puser um compressor, que trabalha comprimindo o volume das frequências, imediatamente depois desses pedais, você vai anular o efeito desses pedais. Então ponha seu compressor ou antes, ou depois de alguns pedais após o wah-wah e o booster. Nesse último caso, lembre-se: O wah-wah e o booster vão afetar os pedais que estão até o compressor (obviamente com compressor e wah-wah/booster ligados ao mesmo tempo), após o compressor as frequências ficam niveladas e se perde a atuação do wah-wah/booster nos pedais seguintes ao compressor, o que pode ser algo bom ou ruim.

4 - ) Pedais que podem ser usados em qualquer lugar da cadeia.


De fato, todos os pedais podem ser usados em qualquer lugar da cadeia, mas esses são pedais que não há um consenso sobre onde usá-los, e mais, a cada posição dele na cadeia ele possui uma função distinta.
Wah-wah é o primeiro caso. Normalmente a discussão é se eles vem antes ou depois dos pedais de ganho, mas já vi guitarrista usando o wah-wah por último na cadeia. De uma maneira geral o wah-wah depois dos pedais de ganho é mais agressivo do que antes. Acho interessante testar o wah-wah em todas as posições possíveis. O wah-wah altera o volume das frequências anteriores a ele, mas também, por fazer isso, altera como os pedais que vem depois dele recebem o som equalizado, então em cada posição ele tem um efeito distinto. Aconselho você a primeiro experimentar ele antes e depois dos pedais de ganho e, posteriormente, se nenhuma das posições lhe agradar, testa-lo em posições menos tradicionais.
Os boosters e pedais de volume podem vir em diversos lugares também. Nesse caso eles não alteram o timbre, somente o volume, dos pedais anteriores a eles, mas alteram os pedais posteriores a ele, pois enviam mais ou menos sinal para estes. Normalmente existem 3 posições mais usadas. Antes dos pedais de ganho, depois dos pedais de ganho e como último pedal da cadeia. No primeiro caso, além de dar mais/menos volume ele da mais/menos ganho e deixa mais/menos exagerado todos os efeitos posteriores a ele. No último, ele somente aumenta/diminui o volume. No segundo caso, é algo intermediário.

5 - ) A ordem que eu sugiro.


As regras que eu apresentei é o que se tem mais consenso, mas há diversas polêmicas como a ordem dos pedais de ganho, se as modulações devem vir antes ou depois do delay (em alguns casos como phaser e uni-vibe, até antes do drive). No entanto, vou sugerir o que eu gosto e me agrada, caso você prefira outra ordem, poste nos comentários. Também existem muitos pedais hoje em dia, caso eu me esqueça de algum, poste nos comentários que eu sugiro onde ele deve ir na cadeia. Um aviso: essa ordem é um ponto de partida e não de chegada, então comece com ela, mas se achar maneiras mais interessantes de ordenar fique a vontade. Os pedais que podem vir em diversas posições estarão entre parenteses.

(wah-wah/booster/pedal de volume - ww/b/pv) -> Fuzz -> Afinador -> Compressor -> (ww/b/pv) -> Phaser/Uni-vibe -> Overdrive -> Distortion -> (ww/b/pv) -> Pitch-Shifter -> Chorus/Flanger/Vibrato -> Delay -> Tremolo -> Reverb -> (ww/b/pv).

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Como montar um Set de Pedais, Pedaleira/Pedalboard boa, barata e funcional + Dicas de 11 pedais bons e baratos.

Montando um Set de Pedais.

Quando vamos montar um set de pedais (ou qualquer outro nome que você use), precisamos pensar qual som objetivamos tirar desse set. Portanto, aqui vou propor um modelo, mas é claro que você pode adaptar esse modelo para o que você acha que serve melhor para você.
Começarei citando qual o modelo básico de board que acho que você deve seguir, posteriormente, criarei sugestões baseadas em cada estilo de rock, e, ao final, postarei pedais bons e baratos que lhe ajudarão a montar um bom set sem gastar muito dinheiro. Caso queira dica de algum guitarrista específico pode perguntar que eu tento ajudar.
Gostaria, também, de agradecer ao Anderson da banda Astronauta Imaginário que propôs o tópico desse post. Segue um link com o som da banda. (Astronauta Imaginário).


O que é essencial no meu board.


Já começo dizendo que essa é minha opinião, caso discorde, comente. Também, ressalvo que é um pouco arbitrário, mas como o objetivo é nortear apenas, não haverá problemas. Houve a preocupação também em montar um set que não seja caro, isso também afetará as escolhas. Acredito que um board deve ter: 1 ou 2 pedais de ganho  + 1 pedal de modulação (que pode ser opcional em alguns casos) + 1 pedal de delay.
Esse é o set básico, óbvio que muitos guitarristas tem muito mais que isso, mas você perceberá que com esse set básico já é possível extrair muitos timbres, sabendo regular é possível tocar muitíssimas músicas.

Por que não tem wah-wah e nem reverb ?


Primeiro de tudo, esses dois pedais, praticamente não contam com versões acessíveis. Segundo, eles são pedais que você usaria ocasionalmente. Terceiro, reverb, em situações ao vivo, as vezes prejudica mais do que ajuda, se não ajustado corretamente pode piorar o som, e a cada apresentação em lugar distinto é importante reajustar. Por fim, esses efeitos são difíceis de encontrar versões baratas com bom som (por exemplo: o reverb mais barato, e que é bom, que eu conheço é o Mini HOF da TC e custa entre 300 e 400 reais).
Somente uma ressalva. Caso você goste de um guitarrista para o qual esses efeitos são parte crucial do timbre (Exemplo: Você faz cover do Slash), aconselho você a guardar dinheiro e comprar um bom pedal desse efeito. Do contrário, você consegue contornar essa dificuldade, caso toque poucas músicas com esses efeitos (Eric Clapton usou um wah-wah em White Room no Cream, mas na reunião do Cream em 2005 ele nem usou esse pedal ao tocar a música).

Os sets para cada estilo ou artista.


Rock anos 60, começo dos 70 : Fuzz + Overdrive + Delay.


Combinação que na época era, na maioria, só o fuzz e ocasionalmente um delay. Dependendo das músicas que você está tocando o delay pode ser descartado ou usado mais para dar uma ambiência apenas. Pode-se também usar uma modulação mais psicodélica, como uni-vibe ou vibrato, ou mesmo um tremolo, mas não é necessário. O overdrive nem existia na época, mas eu indico porque nessa época o pessoal usava os amps valvulados no talo e isso gerava um som de overdrive. Como, na situação da maioria, não podemos por um amp valvulado no talo, usamos um pedal de overdrive para imitar esse som. 
OBS: Se você curte Beatles, você consegue tocar a maioria das músicas só com um pedal de overdrive e nada mais.

Hard Rock: Overdrive ou Distortion + Chorus + Delay.


Aqui se optar por um overdrive ou use ele para empurrar mais um ampli já distorcendo ou use um overdrive mais "nervoso" que fica legal. O pedal de ganho escolhido vai depender da banda que você mais toca, porque hard rock abrange muitas bandas, AC/DC, por exemplo, pede um som mais limpo (sim AC/DC é mais limpo do que você imagina) já um Van Halen tem mais sujeira. O Chorus é para dar alguma ambiência em bases limpas ou dedilhadas ou mesmo mais peso ao som (por exemplo ao tocar bandas que usam dois guitarristas quando você é o único guitarrista na banda ou mesmo Jimmy Page gravava várias partes de guitarra, as vezes com um chorus você imita essas várias partes). O delay é para sustentação em solos e para dar mais ambiência também em algumas partes limpas. OBS: Esse set é extremamente versátil, se tocar rock desde 60 até atualmente e poder ter apenas um set, escolha esse, você consegue, reduzindo o ganho no pedal ou o volume da guitarra, até imitar um overdrive dos anos 60, só não dará pra fazer igual se você tocar muitas músicas que usem fuzz (mas, nesse caso, você pode só adicionar o fuzz ao set).
OBS 2: Adicionando um Fuzz esse set fica bem legal para tocar Pink Floyd, mas caso toque uma música ou outra só do Pink Floyd, é só caprichar no ganho que da pra enganar.

Metal Clássico: Overdrive + Distortion + Chorus ou Delay.


Não estou tratando de metal muito extremo aqui. Clássico mesmo, A dica é ao invés de comprar um distortion muito pesado, que soará meio abelhudo e exagerado, compre um distortion mais leve, não exagere no ganho e empurre com um overdrive. O pessoal fazia isso antigamente no princípio do metal, punha um overdrive empurrando um Marshall distorcido (que não atingia distorções extremas sozinho). Escolha entre o Chorus ou Delay para dar uma "molhada" ou encorpada no som, não acredito que seja necessário os dois.

Pedais bons e baratos para montar o set.


Aqui buscou-se fazer uma seleção baseada não só na qualidade sonora dos pedais, mas também na durabilidade deles, então evitei marcas com pedais frágeis. Também coloquei pedais que são fabricados em massa, não sob demanda, então não há pedais de empresas menores que fazem sob encomenda. Não tem boosters, porque nessa faixa de preço, os boosters que conheço são normalmente com um controle apenas e alteram o timbre, então é preferível um overdrive, se conhecer algum booster bom poste nos comentários. Faço uma breve descrição dos efeitos, caso queira saber mais de algum específico é só perguntar. Os preços são para os produtos novos. Por fim, busquei colocar opções diversas, como há limitações de preço, de qualidade e de durabilidade, vocês observarão que há marcas que se repetem, mas é inevitável que isso ocorra.

Overdrive:


Digitech Bad Monkey.

Pedal extremamente resistente, construção robusta. É um tube screamer com anabolizantes, pois possui mais ganho e mais médios que o original, Possui uma saída que funciona como um direct-box, algo bem legal. É mais versátil que o tube screamer, pois possui dois controles de equalização, graves e agudos. A parte negativa é que ele não é true-bypass, mas seu buffer colore menos que os da boss em minha opinião, e com o dólar mais alto ele subiu um pouco de preço, se aproximando dos 300 reais, mas procurando você acha por uns 200 (comprei o meu quando o dólar tava barato e paguei 150). Funciona muito bem para Metal Clássico e mesmo para Hard Rock, boostando um outro pedal ou um ampli distorcido. Usado como o drive principal, devido a ter muitos médios, pode soar um pouco abafado, mas depende da guitarra e do amplificador.

Landscape Organic Drive & Booster.

Pedal também baseado no Tube Screamer. Legal que dá pra usar ele só como boost através do controle de blend. É um pedal bem versátil que abrange de um boost a um drive moderado (mas talvez seja fraco para tocar alguns tipos de hard rock). Possuí true-bypass. O ponto negativo é esse design feio e pouco funcional da landscape e talvez ser um pouco fraco para alguns estilos. Custa uns 200 e pouco reais. Recomendo como drive principal de rock anos 60 e de hard rock mais leve (Led Zeppelin e AC/DC, por exemplo) e para usar como booster mais transparente (se você precisar dar mais peso e corpo, para o um som de metal, por exemplo, acho melhor o bad monkey).

Distortion:


Digitech Hot Head.

Pedal baseado e parecido com o Boss DS-1 (esse é em torno de uns 100 reais mais caro só, se preferir  pode ir fundo no Boss também, pedal excelente, mas mais caro). Assim como o Boss é extremamente resistente. Ele consegue ir de algo que lembra um overdrive leve até uma distorção mais extrema. Em relação ao Boss acho que ele, com o ganho até a metade, melhor que o Boss e, com o ganho após a metade, o Boss é melhor. Outra vantagem é o equalizador de 2 bandas e a saída para mesa. Ponto negativo é que ele não é true-bypass (embora prefira o bypass dele que o da Boss). Preço dele é uns 200 e pouco reais. Para tocar metal e um hard rock pesado ele sendo boostado pelo bad monkey fica sensacional. Recomendo ele para estilos mais pesados, de Hard Rock pra cima.

Mooer Black Secret.

Pedal baseado no Rat. Pedal muito legal, assim como o original. Consegue ir de um drive moderado a um Fuzz que lambra o Big Muff (é uma alternativa mais versátil ao Big Muff, para quem curte guitarristas que o usam como o David Gilmour, por exemplo). O som é tão bom quanto o Rat e é um ótimo pedal. Os pontos negativos é que esses pedais menores são mais frágeis, não aceitam bateria e você precisa usar ele em um board (senão ele não para), mas é algo que ocorre com todos esses pedais e o preço dele é mais elevado, sai uns 300 e pouco. Recomendo para Hard Rock (da até de um rock anos 60 mais puxado) para cima.

Fuzz:


Fuhrmann Classic Fuzz.

Pedal baseado no Fuzz Face de Silício. Pedal interessante, embora, assim como todo fuzz, necessite de um tempo para aprender a usar. Bem parecido com o Fuzz Face, e cumpre bem a proposta pelo preço. Pontos negativos do pedal é que a Fuhrmann não fabrica pedais que aceitam bateria, e isso, pode ser problemático com Fuzz, pois eles são muito sucetíveis a ruídos, acredito que esse seja o principal ponto negativo. Custa uns 200 e pouco. Recomendo para tocar rock anos 60 e mesmo Pink Floyd até o 1973 (depois desse ano o David Gilmour começou a usar mais o Big Muff).

Fuhrmann Big Fuzz

Outro Fuhrmann (elogiar que é uma das únicas nacionais que fazem fuzz nessa faixa de preço), esse baseado no Big Muff. Mesmos defeitos e qualidades que o Classic Fuzz, embora eu ache esse big fuzz menos fiel ao big muff do que o classic fuzz é ao fuzz face. Preço também é uns 200 e pouco. Recomendo para tocar Black Sabbath (embora o Toni Iommi não usasse um pedal de fuzz, seu som era bem fuzz) e Pink Floyd pós-1973 (Confortable Numb por exemplo).

Modulação


Greatone Digital Chorus

Esse pedal pode ser difícil de achar, mas vale muito a pena, ele chegou a ganhar prêmio equipo de ouro da Guitar Player brasileira (sim!!!), custa pouco mais de 100 reais e você acha usado por menos. Pode ser um pouco difícil de timbrar pelos 2 controles só, mas ele chega a efeitos muito legais e incríveis até pelo preço. Além de tudo tem chave true-bypass. Acho que os únicos pontos negativo é a dificuldade em achar e seu formato meio estranho. Recomendo para quem quer usar o chorus e mesmo da pra tentar uns efeitos de falante rotatório aumentando o rate.

Fuhrmann Vib & Vibe

Pedal com 2 efeitos não tradicionais em 1 (novamente elogiar a ousadia da Fuhrmann). Mesmos defeitos e qualidades dos outros Fuhrmann, ausência de bateria, mas caixinha resitente e true-bypass. Nesse caso a ausência de bateria não é tão grave. As vezes os efeitos podem soar meio artificial, mas no geral o pedal é bem legal. Você acha por até um pouco menos de 200 reais. Recomendo para quem quer fazer sons mais viajados e mesmos uns timbres de vibrato mais tradicionais, diversão garantida com esse pedal.

Nux Mod Core
Vou começar diferente, só compre esse pedal se você precisar de muitos efeitos de modulação. Os efeitos em si são bons, o problema desse pedal é a durabilidade e o bypass. A nux jura que é true-bypass, mas ele rouba muitíssimo sinal. No entanto, se você usar muitas modulações ele pode ser útil, pois mesmo comendo sinal ele é um pedal 8 em 1. O preço dele também é um pouco salgado, 300 e pouco reais. Então recomendo somente nessas situações, do contrario, escolha uma modulação que você use mais e seja feliz com ela.

Delay:


Landscape Echo Delay.


Pedal de delay muito bom. O botão tone é legal que da pra fazer uma repetição mais fechada que lembra um delay analógico. Um dos melhores delays nessa faixa de preço que você encontrará. Ponto negativo é novamente esse design da landscape. Custa entre uns 250 reais. Recomendado para todos os tipos de música em que o delay é necessário, só alerto para não exagerar na dose quando tiver tocando sons clássicos que vai soar estranho, pois os delays não eram tão potentes na época.

Fuhrmann Analog Echo

Mais um Fuhrmann que possuí as mesmas desvantagens e vantagens dos outros, embora bateria para delay não seja tão importante, pois se usado com bateria ele consome muito rápido a bateria. Além desses defeitos o time dele pode ser um pouco curto para alguns guitarristas, mas ao mesmo tempo isso pode ser uma vantagem para quem busca timbres clássicos, pois não tem risco de você exagerar na dose. Custa entre 250 também. Recomendado mais para timbres de delay clássico.

Conclusão.


O objetivo foi demonstrar que é possível montar um board que seja barato e mesmo assim ser capaz de tirar inúmeros timbres. Novamente ressalvo que os exemplos de set são ilustrativos, quem define que pedal entra no seu set é você. No entanto, lembro que, muitas vezes, menos é mais. As vezes um set de pedais reduzidos, que você tira o máximo de som possível, produz melhores resultados que um muito cheio de pedais e não bem utilizado. Comente, questione. Abraços.